ASSOCIADA geralmente a modelos de luxo e de prestígio - embora há alguns anos tenha vindo a diversificar e democratizar a gama com as classes A e B - a marca da estrela também legou para a história do automóvel alguns dos mais bonitos, desejados e sempre desportivos modelos coupé e cabriolet. Lançado há alguns anos no mercado, o CLC é resposta ao sucesso da série compact da também alemã BMW. Mantém-se como um dos mais apurados exercícios de aerodinâmica da classe, foi este ano alvo de renovação, acompanhando algumas alterações do novo Classe C. A secção dianteira, toda ela «Mercedes», provocante e imponente, dominada pela volumosa estrela que decora a grelha e uma a traseira curta reforçam-lhe a propensão desportiva, passando a usar leds para iluminar a barra do terceiro stop.
SEDUTOR ao primeiro olhar, o CLC não é grande em tamanho. É um Sport-Coupe, ou coupe desportivo, um carro de duas portas, traseira encurtada e descaída, mais indicado para dois ocupantes. As dimensões contribuem para a agilidade e para a competência dinâmica, tornando a sua condução apetecível e divertida. Reside aí grande parte do prazer perante o motor ensaiado, uma versão diesel de 150 cv, cujo valor já não impressiona quando falamos de um bloco de quase 2,2 l. Mas retirando partido de um binário de 340 Nm logo às 2000 rpm e de uma bem escalonada e precisa caixa de seis velocidades, este conjunto compacto consegue transpor para a estrada um desempenho capaz de satisfazer os menos exigentes; consegue ser rápido, com o temperamento em curva de uma tracção traseira atenuada por ajudas electrónicas, mas os compromissos com o conforto e com a segurança da sua condução, «pacificaram-lhe» as atitudes desportivas.
O sistema de direcção directa visa reforçar a agilidade de condução do CLC, variando a assistência em função da velocidade e do ângulo de viragem da direcção. Na prática, com este sistema, o condutor necessita apenas de mover ligeiramente o volante em percursos sinuosos, para o conjunto responder de forma mais espontânea aos comandos da direcção. Além de proporcionar um temperamento ainda mais desportivo, melhora a segurança em situações críticas, por exemplo, numa repentina situação de desvio de emergência.
A habitabilidade do banco traseiro mantém-se um pouco claustrofóbica, pouco evoluindo face à geração anterior do sportcoupé. Espaço para as pernas e em altura. É claramente um carro voltado para os dois ocupantes dianteiros que, mesmo se colocados em posição baixa - e isso é tanto mais notório quando se entra ou se sai do CLC -, podem desfrutar de bancos com excelente apoio. Ainda que o assento permita variadas regulações, a posição de condução baixa e típica de um desportivo, impede uma melhor visibilidade - sobretudo para a traseira -, mas a sua estrutura compacta acaba por lhe conferir uma condução bastante acessível.
Renovado surge ainda mais acessível e com mais equipamento tecnológico, ao nível das ajudas de condução e do entretenimento: sistema de navegação, som e imagem num monitor a cores e bluetooth para telemóvel. É possível ligar o iPod, cabo USB ou outros dispositivos externos, opcionalmente um acessório liga estes dispositivos e permite que as faixas do iPod possam ser apresentadas no painel de instrumentos e no monitor a cores instalado na consola central. Existe ainda um sistema de comando por voz que reconhece palavras completas e permite ao condutor utilizar comodamente o telefone, bem como o sistema áudio e de navegação.
PREÇO, desde 43000 euros MOTOR, 2148 cc, 150 cv às 4200 rpm, 340 Nm às 2000 rpm, 16 válvulas CONSUMOS, 5,8/4,9/7,8 l (extra-urbano/combinado/urbano) EMISSÕES POLUENTES 156 g/km de CO2
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