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Puro-sangue temperamental!
O SISTEMA FISCAL português tem destas coisas engraçadas: enquanto o preço base do Wrangler de passageiros, com 4 lugares, quase alcança os 60 mil euros, esta versão pick up com dois lugares e rede interior a separar os lugares dianteiros do espaço de carga, fica-se por menos de metade desse valor. Tudo devido ao facto de ser homologado como veículo comercial, de trabalho, sofrendo por isso menos impostos sobre o seu valor base. Uma forma de tornar mais acessível este mítico modelo americano, capaz de garantir muito divertimento a quem o conduz... e não só!
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E só a boa constituição dos bancos impede maior desconforto face a uma suspensão firme e sensível às irregularidades do piso.
PARECE muito inconveniente num carro, mais a mais num com este preço! Que interiormente não enche a vista: os acabamentos são simples e há demasiado plástico à vista, num interior facilmente lavável após de um uso intenso, prático e pouco preocupado. E há pequenos espaços em número suficiente, além de uma boa capacidade de carga, potenciada pela ausência de assentos traseiros.
E não, não é um carro familiar. Não é como um SUV para passear ao fim de semana por aquela estrada que fica junto ao mar ou por um caminho de terra batida nalguma tímida incursão rural. Este carro é para passear sim, mas para «ir lá», aos locais onde a grande maioria não consegue alcançar. Respeitando a natureza e a propriedade individual, descobrir sítios que nem suspeitávamos existir. Trilhar caminhos instáveis, acidentados, ultrapassar obstáculos e encarar declives pronunciados com autoridade e alguma sobranceria. As condições estão lá. E, ao Wrangler, capacidades não lhe faltam. Tem altura suficiente, uma excelente capacidade de manobra porque não é muito grande, uma desenvoltura mecânica impressionante e um conjunto de transmissão ao velho estilo de quando os jipes ainda não se chamavam SUVs. Ou seja, é preciso levar uma segunda alavanca a engatar-lhe a tracção total ou as conhecidas como «reduzidas». É um puro sangue. E qual é o puro sangue que não tem direito a ser temperamental, sobretudo num ambiente que não lhe é favorável?
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A TENTAÇÃO de fazer do Wrangler como que um brinquedo para a descoberta de trajectos mais complicados, é muita. Ele não se faz rogado, mesmo quando a unidade ensaiada apresenta pneus que se podem considerar «mistos». Talvez por isso o fugir da frente ou o escorregar da traseira quando a vontade é a de acelerar perante um percurso mais enlameado. Gosta de ser provocado e parece divertir-se tanto quanto o gozo que proporciona a quem lhe tem o volante nas mãos. Ou mesmo que não o tenha e se sente ao lado. Aí quase que apetece pormo-nos de pé e agarrar a estrutura tubular capaz de se desnudar num processo que, diga-se, tem muito pouco de prático.
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PREÇO, desde 26 000 euros MOTOR, 2777 cc, 177 cv às 3800 rpm, 410 Nm das 2000 às 2600 rpm, 4 cil./16 V, injecção directa/turbo VGT CONSUMOS, 12,7/8,3/9,9 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES CO2, 263 g/km (combinado)
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