No prevenir é que está o ganho!
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COMO É HABITUAL, a família Silva aproveita a época para «ir a banhos» ao Algarve. Vão todos no automóvel escolhido pela sra. Silva, depois de uma série de propostas do marido e da consulta a uma dúzia de vendedores para encontrarem as melhores condições de crédito. Que o sr. Silva nunca mais vê terminado, para poder comprar as tais jantes especiais que viu num folheto.
Zeloso como é, o sr. Silva faz sempre uma pequena inspecção ao veículo antes de uma grande viagem.
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DEU também uma vista de olhos à bateria. Como esta não é selada, acrescentou, elemento a elemento, um pouco de água destilada até à marca lateral. Teve cuidado para não se salpicar com o ácido que existe no interior; é que além de queimar a pele, recorda-se bem do que aconteceu à camisa que a mulher lhe oferecera... foi pior do que lixívia pura! Assim ou assim ele também não gostava dela... o pior foi mesmo ouvir a sra. Silva...
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Inspeccionou o rodado: ainda tem piso suficiente e a borracha não está ressequida. A par de uma pressão incorrecta ou desequilibrada, isso contribui para uma condução insegura com desvios de trajectória, travagem ou curvar deficientes. Para além de desgastar prematuramente outros órgãos como a suspensão ou a direcção.
Não se esqueceu do pneu suplente. Deu-lhe um pouco mais de pressão que, ao longo do tempo acabará por perder. Certificou-se do estado do «macaco», do manípulo para o elevar, da chave de rodas e do triângulo de sinalização de emergência, bem como de uma lanterna, que acrescentou depois de uma situação enrascada em que bem precisou de uma! Já aprendeu a substituir uma roda, algo que não lhe ensinaram quando tirou a carta de condução (!). Sabe que, ao aliviar as porcas e no aperto final, a viatura tem que estar no chão, para que o balanço não origine a sua queda do «macaco».
POR FIM verificou o estado de todas as luzes da viatura, incluindo as da matricula e a da marcha atrás. Era hábito fazerem-lhe sinais de luzes na estrada, indicando que os «médios» estavam elevados, mas este carro, mais moderno, possui nivelador dos faróis. Após consultar o manual de instruções, ele adapta-os à carga que transporta.
Certificou-se do funcionamento dos cintos de segurança e se as portas estavam a abrir correctamente. Como preza bastante a sua família não descura este pequeno gesto que, em caso de acidente (longe vá o agoiro...), se revela muito importante. Também não achou mau investimento comprar uma caixa de primeiros socorros. Nunca se sabe...
QUANDO viu as malas e os sacos que teria de arrumar, o pobre do sr. Silva julgou que ia mudar de casa! Lá conseguiu colocar a bagagem de forma a que esta não impedisse a visibilidade ou a abertura das portas, fixando-a convenientemente para evitar danos maiores no caso de uma travagem brusca ou até mesmo de uma colisão. Não se esquece do presunto que trouxe da terra no Natal, que «voou» no interior do carro quando teve que fazer uma travagem de emergência!
Conferiu os documentos do carro, incluindo o seguro e a declaração amigável. Embora soubesse bem o caminho, levava um mapa de estrada actualizado para o caso de pretenderem conhecer novos locais.
Depois de prender o mais pequeno à cadeira apropriada, e enquanto a restante família se instalava, ligou o carro. Tudo lhe parecia bem. A estação de rádio que sintonizou iria fornecer-lhe regularmente notícias do trânsito. Tinha optado por fazer a viagem a uma hora em que, previsivelmente, haveria menos tráfego. Até porque já estava preparado para dali a uma dúzia de quilómetros o petiz começar a perguntar-lhe: «Ainda falta muito para chegar?». Do mal o menos. A cada duas horas irá parar para descansar e não perder a concentração. E o puto aproveitará para esticar as pernas...
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