SEI que gostos são gostos e evidenciar a componente estética é sempre subjectivo e dependente da interpretação individual; ainda assim, atrevo-me a afirmar que, dentro do género e do segmento, este é um dos coupés mais bonitos que é possível ver nas estradas portuguesas. E que, sem negar uma veia desportiva, mantém presente a forte componente familiar da restante gama Cee'd.
Subjectiva ou não, a vertente estética é decisiva na aceitação e no sucesso de qualquer automóvel. Ainda mais quando estamos na presença de uma marca ou de um construtor em fase de afirmação dos seus créditos, que não apenas tem que ultrapassar a desconfiança quanto à qualidade dos seus produtos (daí a garantia de 7 anos), como de impor e consolidar a imagem num mercado tão exigente e selectivo.

Isso não evita que lhe encontre uma grande propensão familiar! Seja pelo espaço interior que disponibiliza - é apenas ligeiramente mais baixo, de resto o habitáculo apresenta dimensões idênticas, incluindo a nível da capacidade da mala (340 l ou 1130 l com o rebatimento do banco traseiro assimétrico) -, ou até mesmo pelo conforto que proporciona.
É EVIDENTE que, à partida, há uma outra diferença substancial: a do acesso, nomeadamente ao banco traseiro, atenuado pela existência de portas de maior dimensão e pelo rebatimento do banco com memória no retorno. Atrás, dois adultos podem viajar com bastante conforto de espaço para as pernas e largura de ombros, enquanto os bancos dianteiros proporcionam bom apoio e envolvência do corpo, factor muito importante num carro que deseja proporcionar maiores emoções durante a sua condução.


Quanto ao amortecimento da suspensão, ela não é tão rígida como se poderá supor. Sem interferir grandemente no desempenho - é garantida a estabilidade em velocidades elevadas e a trajectória em curva, pese embora maior adorno da carroçaria face a outros concorrentes mais agressivos neste aspecto – não obriga a grandes correcções ou provoca sobressaltos.

Durante um período inicial chega mesmo a parecer existir uma surpreendente suavidade que desmente a impulsividade e o arrebatamento que se procura num desportivo, mas a verdade é que existem e se revelam quando provocados. Nota final para a média de consumo de combustível que, no final, se situava pouco acima dos 5 litros.
— 0 —
PREÇO, desde 28600 euros MOTOR, 1991 cc, 16 V, 140 cv às 4000 rpm, 305 Nm das 1800 às 2500 rpm, turbo-compressor de geometria variável, intercooler CONSUMOS, 7,5/4,5/5,5 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES POLUENTES 148 g/km de CO2
— 0 —
Sem comentários:
Enviar um comentário