
ESSAS VERSÕES são a carrinha e um três portas, de aspecto mais desportivo (ver mais abaixo) que entra agora em comercialização no mercado português. Quanto à primeira, vista de determinados ângulos, tem uma linha tão compacta e envolvente que nem dá a impressão de se tratar de uma carrinha. A forma do pilar traseiro e a correspondente superfície vidrada, não sendo inéditas, conferem-lhe um aspecto dinâmico muito desportivo, atenuam e enobrecem o natural acrescento daquela zona. Mas não só; esta configuração confere uma rigidez estrutural que acaba por melhorar o comportamento, sobretudo em curva pois contribui para atenuar qualquer deriva da traseira, compensando os 24 cm a mais face à versão de cinco portas.
ENTRE as características mais desejadas neste género de carroçaria, estão, naturalmente, a versatilidade do interior e a habitabilidade. Começando por esta última e pela capacidade da mala — uns fantásticos 534 l —, há ainda que referir o seu bom acesso facilitado pela altura da plataforma face ao solo e pela abertura ampla da respectiva porta. A bagageira dispõe de pequenos espaços sob o seu piso e esta divisória rígida é seccionada. A profundidade é boa, melhor ainda com o rebatimento do banco traseiro, atingindo uns notáveis 1664 litros de capacidade nestas circunstâncias. Estamos a falar de um carro que não chega aos 4 metros e meio de comprimento...O RESTANTE do interior, pouco ou nada difere do 5 portas. Ou seja, as ambições do construtor em concorrer de igual com os best sellers do segmento, levou a que não descurasse em termos de design e da funcionalidade, bem como na escolha dos materiais ou na qualidade de construção. Trata-se de um carro claramente europeu desse ponto de vista; foi, de resto, essa a intenção e o objectivo é cabalmente atingido.
A habitabilidade para os passageiros é efectivamente boa e uma não menos favorável insonorização, contribuem decisivamente para o conforto. O painel de bordo ergonomicamente não fica atrás e os materiais também não desagradam; suaves ao tacto, insuspeitos quanto à sua fixação e conseguem-se alguns pormenores muito interessantes e modernos, nomeadamente na conjugação de cores ou na forma mais desportiva do volante.
NUM TODO o cee'd não parece inovar demasiado, mas destaca-se. Pela positiva. Capaz de superar em dois campos: não desagradar aos mais conservadores e ultrapassar a desconfiança dos mais cépticos, face a uma marca nova, proveniente de um mercado que para muitos ainda é estranho. Se bem que este carro foi desenvolvido e é construído na Europa, o seu grupo construtor possui bons índices de fiabilidade e de satisfação nos inquéritos a clientes regularmente realizados e sete anos ou 150 000 km de garantia aos principais órgãos mecânicos, sempre são uma prova de confiança no que se produz...
A
SUA estrutura compacta garante-lhe capacidade de manobra, enquanto a visibilidade facilita a condução. A complexão do banco proporciona um apoio uniforme ao corpo, com a posição de condução bem alinhada. Os comandos são de fácil acesso e a leitura dos instrumentos também. Há pequenos espaços em número suficiente. E, toque de modernidade, ligações USB e jack para ligação de fonte externa de som.POR FALAR em conforto, e sendo essencialmente um carro familiar, esta versão não desilude e acaba por justificar a designação «Sporty» Wagon... É por isso que adjectivo idêntico se pode aplicar ao comportamento, beneficiado pelas dimensões e pelos pneus que a equipam. A suspensão parece branda, mas é muito eficaz quando se trata de abordar percursos mais sinuosos e, este motor, bem mais agradável do que a versão a gasolina experimentada no «cinco portas», proporciona-lhe um desempenho dinâmico deveras interessante.
O MAIS interessante do comportamento deste motor é a sua «docilidade» em baixas rotações. De facto, o acréscimo de peso da versão não parece condicionar muito a sua elasticidade, o que demonstra também uma ligação bem feita com as relações da caixa de velocidade. Isso revela-se igualmente no modo convicto com que se desenvolve em estrada aberta, invadindo o habitáculo com um suave e nada incomodativo «ronronar», que se deve, principalmente à ausência de uma sexta velocidade.
O que acabaria por melhorar outro aspecto já de si bom neste motor: a economia dos consumos.
PREÇO, desde 22 000 euros MOTOR, 1582 cc, 115 cv às 4000 rpm, 16 V., 255 Nm entre as 1900 e as 2750 rpm, Injecção Directa common rail com turbo de geometria variável (VGT) CONSUMOS, 5,9/4,3/4,9 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES CO2, 130 g/km
Arrebatador!
MAIOR, mais baixo e mais leve do que o «cinco portas», o Cee’d SCoupé (internacionalmente conhecido por pro_cee’d) é decisivo para cativar um nicho de consumidores completamente novo e até mesmo reticente à marca coreana. Para além do seu aspecto desportivo e do tejadilho rebaixado, apresenta uma distância entre eixos que lhe permite dispor de espaço interior, tanto para os passageiros como para as suas bagagens, bem como um nível de equipamento e de segurança actuais e deveras completos.O SCoupe foi a base de estudo para os outros modelos da gama Cee’d, mas não perdeu o seu carácter «autónomo» e exclusivo. O resultado, nomeadamente a nível da zona traseira, é francamente bonito e bastante bem conseguido. O tejadilho mais baixo não o impede de oferecer praticamente a mesma comodidade e versatilidade da restante gama, com a mala a manter os 340 l de capacidade.

Esta versão passa a estar presente no mercado nacional equipada com motores diesel 1.6 (de características idênticas ao que é falado no texto principal) e a um mais potente 2.0l com 140 cv. O preço principia nos 23400 euros para o primeiro e nos 28700 para o segundo. Os menos exigentes terão ainda ao dispor um 1.4 a gasolina a partir de 18200 euros.



















